O meu bom colega e observador atento do panorama museológico português, Luís Raposo, agora presidente do ICOM Europa, situação que lhe permite uma invejosa capacidade de observar o que se vai passando neste conturbado continente, teve a gentileza de me fazer notar dois relevantes documentos do ICOM português, bem como uma intervenção que teve sobre a matéria, que complementam o meu postal anterior.
O Primeiro é uma Declaração do ICOM e da Federação Mundial dos Amigos dos Museus sobre Turismo Cultural Sustentável, feita em 2007
O segundo, é um número do boletim do ICOM Portugal, sobre Museus e Turismo: que experiências (Boletim do ICOM, II Serie, nº 4, 2009) que apresenta um artigo de Alexandra Gonçalves, que antecipou o tema das jornadas de primavera desse ano.
Alexandra Gonçalves, que salvo erro foi vereadora da CML, estava na altura a desenvolver um trabalho de investigação sobre esta questão, “A cultura material a musealização e o turismo” (2012). Nas jornadas de primavera intervieram ainda Maria José Teixeira, sobre o sempre adiado projeto do “turismo ferroviário”, José Gameiro, sobre o projeto de relação entre um hotel e a arte no seu Algarve e João Pinharanda, então curador do Museu de Elvas, um equipamento na fronteira, que procurava tornar-se (com sucesso no tempo) cosmopolita. Como oradora principal do evento encontra-se Ana Luísa Declaux, da Federação dos amigos do Museu, que apresentou a Declaração sobre Turismo Sustentável
Quanto ao artigo de Luís Raposo, terá sido apresentado num Forum organizado pela Plataforma Património.PT sobre Turismo e Património uma relação estratégica, organizado em fevereiro de 2016.
Pelo interesse que possa ter para a questão, aqui fica o registo e o acesso. Salienta-se mais uma vez que as palavras chaves do discurso ainda era o “turismo cultural”, agora substituído pelo “turismo criativo”. Tratam-se de novos nomes para velhos problemas.