Modelos de Inovação Social para a museologia
Que modelos teóricos esta museologia deve promover para desenvolver as práticas de inovação Social.
A atividade inovadora é uma atividade criativa. Na teoria das organizações, por exemplo em Henri Minztberg, (1995) chama a atenção para as virtudes adaptativas das organizações matriciais em situações de elevada turbulência, face aos modelos das organizações hierárquicas, centralizadas e com processos de decisão muito formalizados. Sabemos que um sistema que suporta a atividade inovadora tem que ser um sistema aberto e integrador. A máxima Empowering people for social change agrega por exemplo as orientações da política social das Nações Unidas para 2014. (aqui)
Os modelos organizacionais das organizações de inovação orientam-se pelos princípios da Co-criação, da coerência dos princípios, da aceitação do outro, da sustentabilidade e da flexibilidade.
A co-criação implica que todos os membros da comunidade são criadores de novas realidades. Essas realidade resultam de processos colaborativos e da criação de comunidades de pratica.
A Coerência implica a consistência e a conformidade entre o que é dito e o que é feito. As comunidades de participação resultam da interação dos diferente membros. Desse modo, o processo de decisão tem que ser coerente com as praticas e procurar harmoniazar os fins com os meios.
A aceitação do outro implica um processo de enriquecimento pesssoal que conduz à aceitação das diferenças entre os membros e no reconhecimento da diversidade dos saberes e dos olhares. Reconhecer a diversidade implica trabalhar o conflito como um processo criativo e reconhecer a dignidades e a liberdade de todos.
A sustentabilidade implica a procura dum novo paradigma de transição do modelo energético com base no carbono para modelos alternativos e a procura de alternativas de organização económica com base nas economias mutualistas, solidárias e populares. São modelos que procuram desenvolver processos produtivos que garantam a distribuição dos recursos alimentares com base na disponibilidade da natureza e no uso adequado nas capacidades e saberes disponíveis. Trata-se dum modelo em que se entende o mundo como uma realidade complexa, onde cada uma das nossas ações integra dimensões sociais, espirituais económicas, políticas e ambientais. A ação, nas suas diferentes dimensões afetam o ser e a comunidade.
Finalmente o principio da flexibilidade, implica a que o modelo de organização e da ação tem que estar preparada para reagir aos resultados. O futuro não pode ser cristalizado numa ideia estática ou pré-definida. A pratica gera uma riqueza de informação que deve ser incorporada a cada momento no processo. Os processos são fluídos e os crescimento é orgânico e não imposto na forma de modelo.
Tratam-se portanto de modelos de organizações que devem estar preparadas para acolher os processos de transformação que geram e de encontrar soluções para os novos problemas que surjam.